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Mostrando postagens de novembro, 2009

Nada

Amigas se encontram sempre, as vezes nem tanto... - Mas me conta, depois daquele dia, não aconteceu mais nada? - Nada. - Mas nem uma conversinha mal educada? - Nada. - Nem no msn, mensagem de texto, fofoca, telefonema embreagado de madrugada, visitas indesejadas no orkut, links desaforados no facebook, pensamentos soltos no final de tarde ou até mesmo aquela maldita musica que insiste em tocar no meio da balada? - Nada.

Mudança de sol

Não estou fazendo nada do que deveria ser feito. Ao invés de procurar saídas, procuro formas de continuar onde estou, formas para amenizar a vontade de gritar, grito esse que nunca saiu, quando sair também será o ultimo. Parece que como numa célula, tudo atraí para o núcleo e fico rodando em volta do sol e rodando em mim mesma, sem parar. Os outros planetas fazem a mesma coisa, alguns até mais concentrados que eu. Pensei que a lua modificaria o movimento da ciranda, mas parece estar exatamente igual, com ou sem lua. Isso tudo é medo, dizem alguns, mas eu acredito que é preguiça. Preguiça de começar de novo em um outro sistema solar, pode novamente não ser o meu sol. Isso acontece demais. Quando fico triste, olho pra cima e vejo quantas estrelas ha no céu. Cada estrela com seus planetas, suas luas, suas vidas e tantas pessoas especiais. Será egoismo achar que só onde rodo existe vida?

5 meses

Sem muita novidade, amigos de sempre, bar de sempre e as conversas... sempre as mesmas conversas. Saí de casa assim, esperando mais uma noite quente de novembro igual a todas do ano todo, realmente foi assim até meados da meia noite, quando uma mão repentinamente tampa meus olhos. Indescritivel a sensação, acho que ninguem gosta de suspense, não pelo menos até finalmente acontecer. Me senti a beira de um ataque de nervos, tantos planos antes de dormir, tantos sonhos acordada e agora na eminência de uma história boa, com pressentimento da decepção. Não pensei em nada e me concentrei em entrar na brincadeira e descobrir pelo tato, pelo cheiro. Peguei na pontinha dos dedos, dedos gordos, mão de homem, homem sem unha, será que rói as unhas? Prefiro não arriscar no palpite e continuo seguindo os braços, no punho uma pulseira fininha, podia ser do senhor do Bonfim, bem gasta e os braços quentes, cheios de pêlos grossos. O burburinho em volta juntamente com as risadinhas enunciavam que iria m