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Vitrine nossa do dia a dia

Quando me percebi estava dentro de uma caixa de concreto, iluminada por luz neon e ar refrigerado, cada cubo se conectando com escadas rolantes. Ao meu lado outros objetos felizes, alguns mais, alguns menos. No corredor andavam pessoas a nos classificar com valores abstratos de simetria, estética e beleza. Foi quando um deles me perguntou: você é importada?
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Eu sei

Quem é mais tolo? Quem espuma ou quem chacoalha? Quem aceita ou quem se aproveita? A esperança ou o orgulho? No fundo a gente sabe No fundo a gente sabe Quem é mais feliz? Quem perde a cabeça ou quem com ela anda? Quem se esconde ou quem dá a cara? O esquecimento ou a saudade? No fundo a gente sabe No fundo a gente sempre sabe

Sozinha

Não adianta bater Aqui não tem ninguém pra apagar a luz depois que você dormiu, ninguém pra se certificar que a porta esta trancada, ajustar o despertador, trazer um copo d'água e dormir de conchinha, mas também não tem ninguém pra ligar o ar-condicionado no máximo e transformar seu quarto num frigorifico, ninguém pra te acordar com insonia e roubar seu edredom, ninguém. Não adianta Ninguém vai reclamar do transito ou gritar que o sinal já abriu. Ninguém vai mais dizer que você dirige mal. Mas também ninguém vai te explicar o caminho, te ensinar a estacionar na vaga difícil ou até mesmo dirigir quando você estiver cansada. Ninguém vai subir com a sacola pesada por você. Ninguém. Não Ninguém vai comentar a novela Ninguém vai mudar de canal Ninguém vai lavar a louça Ninguém vai sujar a louça Ninguém vai dar bom dia Ninguém vai irritantemente dormir até meio dia Ninguém vai pedir a comida Ninguém vai cozinhar maluquices Ninguém vai te lembrar do remédio Alias, você nã

Tempo

Quero gritar com o tempo. - Páre já, para eu me adaptar, ou vá de vez, para que eu não veja. Esses eternos segundos que insistem em passar com o tempo de segundo . Só passar e nunca parar. Quero parar agora! - Triste, bonita, sozinha, confusa, moderna, feliz. Entender e aceitar tudo que sou. Gosto de ser assim. O tempo me muda. - Não quero mudar de novo! Mudar é perder importancia? Não quero que perca. Ou quero?

tem amor na sujeira do chão

amor barato amor do lixo de Classificados, rádio night love FM; "procura-se amor de(s) graça pra bagunçar meu lençol na madrugada e sair de fininho pela porta dos fundos na manhã seguinte pago bem" Arthur Azoubel

dispenso o bar central

Chegou a hora do fim. Mas pelo menos não temos que dividir nada, nada além de lembranças, acordos e segredos. Aquele livro que eu te dei, mas guardei um igual pra mim, fica jogado na prateleira como se eu nem gostasse dele. Os presentes que você não deu, só me lembro do museu, em algum lugar da Europa, onde eles deveriam estar. Os emails eu apago, deleto mensagens e bloqueio no facebook, simples, num passe de mágica nada mais aparece. Mas agora, o que eu faço com os lugares? Ah! sabia que o sucata foi demolido?? Se não me engano foi ali que a gente almoçou e ficou de bobeira no estacionamento até dar vontade de ir embora, mais ou menos isso. O escritório continua do lado da casa do meu pai, sempre olho pros prédios atras imaginando onde o resto da familia mora. O bar que a gente almoçou agora é na minha rua e eu insisto em olhar para uns enfeites na parede e pensar que sentei ali embaixo pra comer filé com fritas. Quer saber de uma coisa? Fica com o central... Fica com o central, com o

você está

no meio da rua, na Vaga da garagem, na tela de email, na mesa ao ladO, no cardápio do restaurante, nas Chamadas do celular, no outdoor, no facEbook, dentro da geladEira, no porta níquel, no panfleto do carrefour, na capa do cd, na foto atrás do cigarro, na cor do eSmalte, na escolha da pizza, na risada do fim de Tarde, na noticia do jornal, no amArgo do café.