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dispenso o bar central

Chegou a hora do fim. Mas pelo menos não temos que dividir nada, nada além de lembranças, acordos e segredos. Aquele livro que eu te dei, mas guardei um igual pra mim, fica jogado na prateleira como se eu nem gostasse dele. Os presentes que você não deu, só me lembro do museu, em algum lugar da Europa, onde eles deveriam estar. Os emails eu apago, deleto mensagens e bloqueio no facebook, simples, num passe de mágica nada mais aparece. Mas agora, o que eu faço com os lugares? Ah! sabia que o sucata foi demolido?? Se não me engano foi ali que a gente almoçou e ficou de bobeira no estacionamento até dar vontade de ir embora, mais ou menos isso. O escritório continua do lado da casa do meu pai, sempre olho pros prédios atras imaginando onde o resto da familia mora. O bar que a gente almoçou agora é na minha rua e eu insisto em olhar para uns enfeites na parede e pensar que sentei ali embaixo pra comer filé com fritas. Quer saber de uma coisa? Fica com o central... Fica com o central, com o Maumau, com o Iraq e com todos esses metidos a modernete. Eu só quero o Tebas, e de vez em nunca. Pode ir pra todos os show da Karina Burh, Siba, Eddie, Lirinha, Cidadão Instigado e Wado. Eu fico com Arnaldo Antunes, Marcelo Jeneci, Céu e os maiorzinhos que eu sei bem que você não vai. Rolling Stones se tiver dois dias, a gente divide, igual o do Paul. Carnaval, Natal, Ano novo, é só evitar. E se me encontrar, finge que não viu. E muda de bar. Eu sei que você não fará isso, então deixa comigo! Não é possivel que isso não vá funcionar.

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indo...

descubro a verdade, deixo acabar, escuto toques de telefone na madrugada, faço novos amigos, vou a festas, ouço musicas novas, tomo drinks diferentes, desabrocho sorrisos largos, curo ressacas, testemunho um crime, vejo crianças nascer, vejo homem sendo preso, vou a festas de aniversário, visito doentes no hospital, termino um livro e começo outro, compro um carro, mudo de emprego, troco de telefone, faço viagens, vejo filmes, mexo no computador, compro novas lingeries, pinto a unha de cores novas, experimento azeitona, vejo amores começando, escuto dores, ouço propostas indecente, recuso propostas decentes demais, descubro formas de dizer não, encontro pessoas antigas, aumento distancias, não consigo dormir, acumulo pensamentos, aprendo a entender que você nunca esteve aqui.

Atrasado

Minutos além e demora demais Eu não sabia que precisava avisar Não sei se vou esperar Horas passadas de tranquilidade De mãos dadas com a preguiça E eu tenho pressa, meu amor, de chegar Dias de pensamentos trocados Medo do novo que vejo chegar sozinha, minha paixão, já passou o tempo de ficar Meses de primavera a vista Florecendo emoções e corações cansados que nem insistem em pulsar Anos de luz na lanterna dos afogados Só aguardando o instante certo para segurar o ar e se jogar

você está

no meio da rua, na Vaga da garagem, na tela de email, na mesa ao ladO, no cardápio do restaurante, nas Chamadas do celular, no outdoor, no facEbook, dentro da geladEira, no porta níquel, no panfleto do carrefour, na capa do cd, na foto atrás do cigarro, na cor do eSmalte, na escolha da pizza, na risada do fim de Tarde, na noticia do jornal, no amArgo do café.