Sem muita novidade, amigos de sempre, bar de sempre e as conversas... sempre as mesmas conversas. Saí de casa assim, esperando mais uma noite quente de novembro igual a todas do ano todo, realmente foi assim até meados da meia noite, quando uma mão repentinamente tampa meus olhos.
Indescritivel a sensação, acho que ninguem gosta de suspense, não pelo menos até finalmente acontecer. Me senti a beira de um ataque de nervos, tantos planos antes de dormir, tantos sonhos acordada e agora na eminência de uma história boa, com pressentimento da decepção. Não pensei em nada e me concentrei em entrar na brincadeira e descobrir pelo tato, pelo cheiro.
Peguei na pontinha dos dedos, dedos gordos, mão de homem, homem sem unha, será que rói as unhas? Prefiro não arriscar no palpite e continuo seguindo os braços, no punho uma pulseira fininha, podia ser do senhor do Bonfim, bem gasta e os braços quentes, cheios de pêlos grossos.
O burburinho em volta juntamente com as risadinhas enunciavam que iria me divertir com a surpresa. Prefiro não arriscar e fico parada, gelada, intacta, sem sorrir e nem chorar.
- Sou eu meu amor!
Diz uma voz grossa, em tom de brincadeira.
- Então me deixa ver seu rosto!
Com força a mão me puxa, deixando corpo a corpo, continuo sem abrir os olhos, na esperança de prorrogar a felicidade que só a duvida já trazia.
- Oi! é você?
- Quem achava que fosse?
- Você mesmo.
- E por que essa cara de merda?
- Por que acabou a cerveja. Senta aí, pede uma pro garçom e me conta: Onde andos nesses ultimos 5 meses...
Indescritivel a sensação, acho que ninguem gosta de suspense, não pelo menos até finalmente acontecer. Me senti a beira de um ataque de nervos, tantos planos antes de dormir, tantos sonhos acordada e agora na eminência de uma história boa, com pressentimento da decepção. Não pensei em nada e me concentrei em entrar na brincadeira e descobrir pelo tato, pelo cheiro.
Peguei na pontinha dos dedos, dedos gordos, mão de homem, homem sem unha, será que rói as unhas? Prefiro não arriscar no palpite e continuo seguindo os braços, no punho uma pulseira fininha, podia ser do senhor do Bonfim, bem gasta e os braços quentes, cheios de pêlos grossos.
O burburinho em volta juntamente com as risadinhas enunciavam que iria me divertir com a surpresa. Prefiro não arriscar e fico parada, gelada, intacta, sem sorrir e nem chorar.
- Sou eu meu amor!
Diz uma voz grossa, em tom de brincadeira.
- Então me deixa ver seu rosto!
Com força a mão me puxa, deixando corpo a corpo, continuo sem abrir os olhos, na esperança de prorrogar a felicidade que só a duvida já trazia.
- Oi! é você?
- Quem achava que fosse?
- Você mesmo.
- E por que essa cara de merda?
- Por que acabou a cerveja. Senta aí, pede uma pro garçom e me conta: Onde andos nesses ultimos 5 meses...
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